Opinião
Guilherme Acosta Moncks
Por Guilherme Acosta Moncks
Fundador da Revisa Seguros
Muitos brasileiros têm produtos relacionados a seguros, como seguro de vida, título de capitalização embutido, ou seguro prestamista gerado ao fazer um empréstimo. Há também seguro vinculado à garantia estendida de produtos adquiridos no varejo, ou título de capitalização vinculado ao consórcio do carro, entre outras opções.
São inúmeras as possibilidades, e esses produtos têm condições e regras que precisam ser monitoradas regularmente, porém, a maioria dos brasileiros não realiza essas conferências, seja por falta de tempo ou conhecimento.
O mercado de seguradoras arrecadou R$ 181,77 bilhões de janeiro a junho deste ano, considerando apenas os seguros de pessoas. Isso representa um crescimento de 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2022, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep). O valor arrecadado é o que as seguradoras recebem dos clientes para garantir seus riscos. Em relação a indenizações, resgates e sorteios, o setor devolveu à sociedade R$ 113,64 bilhões no mesmo período.
Uma pesquisa recente revela que 78% dos entrevistados consideram que "ter seguro me faz sentir que estou cuidando de mim e da minha família". Entretanto, entre os brasileiros sem seguro, o medo de não cumprimento das promessas é um motivo comum, ficando atrás apenas de preocupações financeiras.
Na jornada do cliente com produtos de seguro, o corretor desempenha papel crucial. Na etapa de conhecimento do mercado, 25% das pessoas preferem o corretor, enquanto 22% optam por indicações de amigos e familiares. Na fase de informações sobre produtos, 27% preferem o corretor, e 26% navegam nos sites das marcas. Ao contratar, 37% escolhem o corretor, e 20% preferem o gerente de banco. No acompanhamento do produto, 33% preferem as centrais de atendimento das seguradoras. Isso faz sentido, pois nem corretores nem gerentes acompanham detalhes do produto a longo prazo.
Entre as 20 seguradoras mais ativas, apenas 25,60% das reclamações são resolvidas, segundo estudo. Cobrança indevida, falhas contratuais e de atendimento pós-venda são os principais motivos de insatisfação, evidenciando uma falha significativa no atendimento.
A insatisfação reflete na judicialização crescente. O Conselho Nacional de Justiça aponta mais de 340 mil ações judiciais contra seguradoras no Brasil. A confiança do consumidor no produto é crucial, destacada pelo novo marco regulatório (PL 29/2017), prometendo contratos mais claros.
Uma estimativa da Revisa Seguro aponta que, junto às seguradoras, existam pelo menos R$ 5 bilhões devidos aos segurados. A empresa utiliza conhecimento do setor, inteligência artificial e data mining para diagnosticar valores não recebidos. Essa expertise facilita a articulação com seguradoras, garantindo que os clientes recebam valores corretos, muitas vezes desconhecidos.
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